Nem só de plantas e animais vive o Parque da Pedra Branca. A Floresta esconde recantos ainda pouco conhecidos pelos moradores da cidade. A Caverna Carlos Bandeira é uma dessas curiosidades. Para a sua exploração. O candidato precisa ter espírito de aventura e muita curiosidade para vencer o medo, o cansaço e a escuridão. É preciso disposição para enfrentar os quatro quilômetros de caminhada. A trilha começa em Jacarepaguá, na Colônia Juliano Moreira.
Caverna Carlos Bandeira |
A temperatura durante o caminho é agradável, já que é quase todo feito às margens do rio Engenho Novo. A maior parte da trilha é plana e tem recantos à beira-rio. O passeio pode durar até 4 horas, por isso deve-se ir preparado.
A primeira parada fica a 15 minutos, onde existe uma represa com uma bela cachoeira que abastece a população da colônia. Por isso o banho não é permitido. O caminho continua à esquerda e a próxima parada é no Roncador, local ideal para descansar e matar a sede já que a água é limpa. Depois de atravessá-lo, a Gruta ou Abrigo do Grande está bem perto. Lá existe uma piscina natural e uma cachoeira que convidam a um mergulho.
Mais uma hora de caminhada e chega-se à caverna Carlos Bandeira. Logo na sua entrada é possível ver, com a ajuda de uma lanterna, o caminho a ser percorrido. São 30 metros de extensão apenas, mas assustam quem não está acostumado a andar por lugares escuros. Para entrar é preciso descer pelas pedras. Em seguida, é só atravessar o salão no interior da caverna para chegar ao outro lado onde há uma saída para a floresta.
À esquerda, existe uma galeria estreita, que dá passagem para outros salões. Outras características desta caverna são os estreitamentos, as fissuras e as fendas. Para atravessá-los, é aconselhável ter a companhia de um espeleólogo, especialista que estuda as cavidades subterrâneas ou um bom guia.
Homenagem a Carlos Bandeira
De origem sedimentar, a caverna Carlos Bandeira, localizada na bacia hidrográfica do rio Engenho Novo, é formada por granito e gnaisse (rocha cristalina de composição variável), e se originou do deslocamento de blocos, que se abriram em grandes fendas.
A caverna da Pedra Branca recebeu esse nome em homenagem ao pesquisador e arqueólogo Carlos Bandeira, fundador da Sociedade Brasileira de Espeleologia e autor do primeiro levantamento do gênero no Estado do Rio.
Carlos Bandeira, que morreu em 1973, criou também o primeiro curso de espeleologia no Rio de Janeiro e foi um dos responsáveis pelos estudos de cavidades naturais dos parques da Tijuca e da Pedra Branca.
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