O Parque Estadual da Pedra Branca é considerado a maior reserva florestal em área urbana no mundo. Compreende um total de 12.500 hectares, onde se destaca o Pico da Pedra Branca, ponto culminante da Cidade com 1024 metros de altitude. SITE NÃO OFICIAL.
"Quero poder deixar esse mundo melhor do que encontrei..."



domingo, 10 de julho de 2011

Mutirão da Praia Funda

Amigos do Parque Pedra Branca participam do mutirão ecológico na Praia Funda.

O mutirão, organizado no dia 10 de Julho pelos grupos SOS Trilhas, Trilhas Quase Secretas e Destemidos, levou um grupo de 35 voluntários à Praia Funda, uma das 5 praias que margeiam o maciço da Pedra Branca localizadas entre Grumari e Guaratiba.



Chegada a Praia de Grumari

O grupo caminhou pela mata durante uma hora e meia observando a paisagem deslumbrante, mas ainda havia muito trabalho pela frente e o grupo estava animado e com um único objetivo: Deixar a praia limpa!

Apresentação do grupo e Instruções

Ivan do Grupo TerraLimpa


Carla (Amigos do PEPB) entre Fabio, Stella e Grazi (TQS) e Sandra (TerraLimpa)

Caminhando em direção a trilha
Infelizmente observamos o quanto os frequentadores destas praias não possuem o mínimo cuidado com o ecossistema local e nenhuma consciência ecológica.

O grupo já havia realizado um mutirão em maio e passado dois meses, a quantidade de lixo era assustadora. Durante 1 hora e meia recolhemos lixo suficiente para encher 40 sacos de lixo! Ainda havia mais, principalmente muitas garrafas de vidro que tivemos que deixar, pois não conseguiríamos carregar de volta na trilha, somente com a ajuda de um barco.


Foto: Site SOS Trilhas

Foto: Site SOS Trilhas



Muito lixo
Ao final do mutirão, o grupo ainda conseguiu se refrescar tomando um banho de mar e curtindo o que de melhor a natureza tem a oferecer. Porém, o sol já estava se pondo e era hora de voltar e carregar o lixo, antes do anoitecer.

Visual deslumbrante

Placas a serem afixiadas na trilha

Parada para descanso e para o lanche

Sorteio dos brindes
O grupo ainda participou de um sorteio de brindes patrocinados pela PROATIVA e lanches cedidos pela Fondant Patisserie.

Durante o trajeto foram afixadas placas nas trilhas orientando o visitante a preservar o local. As placas foram cedidas pelo grupo TerraLimpa.


Placas orientando os visitantes

O Mutirão ainda contou com o auxilio da ONG Patrulha Ambiental - Instituição Civil sem fins lucrativos, sócio-ambientalista localizada no Anil - Jacarepaguá (Estrada do Quitite 383 - email: brigadapambiental@ig.com.br).

O Site Amigos do Parque parabeniza o Site SOS Trilhas por mais esta iniciativa e poderá contar sempre com o nosso apoio e divulgação.







Tarefa cumprida - Lixo no LIXO






sexta-feira, 1 de julho de 2011

Dicas para caminhadas

Nutrição

As principais fontes de energia do corpo humano são as gorduras e os carboidratos, sendo que os carboidratos se prestam melhor a esse tipo de atividade, pois são mais leves e de melhor digestão, salvo algumas exceções.
Os alimentos a base de amido (pão integral, cereais, legumes, frutas leves, queijo magro, aveia), são excelentes fontes nutricionais para serem ingeridos de véspera, já que suas partículas vão se partindo e acontece, aos poucos, a liberação da glicose e da frutose.
Dentre os bons alimentos repositores de energia durante as caminhadas estão às barras energéticas de cereais, como por exemplo, o Nutry - produto comercializado pelos supermercados em geral -, as barras de chocolate amargo, banana, que possui muito potássio, granola ,etc.
Importantíssimo, também, é a manutenção da hidratação do corpo, visto que, principalmente nos meses quentes do nosso verão, estamos sujeitos a perda de líquidos devido ao suor. Recomendo o uso de água natural, água de coco, suco de frutas e bebidas isotônicas (gatorade, etc ), principalmente se o trekking for em locais descampados, onde o sol costuma castigar.
Ao suarmos, o corpo libera, também, sais minerais, o que provoca a exaustão e o cansaço prematuro do corpo. Para que haja a reposição é recomendável que se ingira fontes repositoras, como por exemplo, castanha de caju, azeitonas, passas, queijo minas. Atualmente, existem em algumas farmácias invólucros repositores de sais minerais, próprios para esse tipo de atividade.
Uma boa dica é tentar saber com o guia se existirá alguma fonte de água potável durante o caminho, onde se poderá reabastecer, evitando assim levar muito peso desnecessariamente.

Equipamentos
  • Calçado
    Ítem dos mais importantes para a sua segurança deve ser escolhido criteriosamente, de acordo com o tipo de terreno que se irá deparar: se íngreme ou plano, se com obstáculos, se em terreno molhado, etc.
    As botas são as mais recomendadas. Devem ter preferência às de cano alto, para evitar eventuais torções de tornozelo e em couro, por serem impermeáveis. Procure sempre comprar um tamanho superior a seu pé, já que isso o ajudará muito nas descidas íngremes, onde os dedos fazem atrito com a ponta do calçado, provocando grande desconforto. Seu solado deverá ser o mais largo possível, para dar estabilidade ao corpo e ter protuberâncias bem grandes para permitir a perfeita aderência ao solo.
    Para longas caminhadas, prefira os calçados mais macios, tipo tênis, mas sempre com o solado como descrito acima e feito de tecido acolchoado e sintético. Use palmilha trançada por baixo e calcanheira, oque lhe garantirá grande conforto. Costumo usar, também, 2 meias, uma fina por baixo e outra um pouco mais grossa por cima. Nessas condições, se evitam as bolhas e o bem estar é certo.
  • Mochila
    Outro ítem muito importante, sua escolha deverá ser decidida de acordo com o tempo gasto na caminhada.
    Prefira sempre mochilas com as seguintes características: Com alças o mais largas e acolchoadas possível, para ajudar a aliviar o peso: suas costas vão adorar. Com tiras na cintura, para manter o equilíbrio em terrenos acidentados e aliviar o peso nos ombros. Com fibras impermeáveis, para proteger sua maquina fotográfica e alimentos.Mas não confie muito: tenha sempre alguns sacos plásticos a mão, para proteger os objetos mais delicados.
    É sempre bom que tenha vários compartimentos externos, com zíper, de modo a acondicionar objetos de uso imediato, tais como água, máquinas fotográficas, lanternas, canivetes etc.
    Sempre tenha em mente de não exceder em mais de 10% do seu peso e procure comprar mochilas que tenham material de fácil dissipação de calor na parte que fica em contato com o corpo
Roupas
  • Calças
    Dependendo da trilha, procure usar calças compridas, que são eficazes contra o frio, o vento e os mosquitos e protegem as pernas contra arranhões e espinhos, principalmente em trilhas à beira mar, cuja vegetação é mais "dura" . Para liberdade de movimentos, use-as bem folgadas. Os tecidos ideais são suplex e tactel, que são bem mais leves e secam com extrema facilidade. Para trilhas descampadas, use shorts ou bermudas, do mesmo material.
  • Camisas
    As ideais são as T-shirts em algodão, bem folgadas, evitando-se usar as de malha, por provocarem muito atrito com o corpo suado. As de cores claras são mais frescas e não concentram muito o calor do sol. Importante é sempre ter de reserva uma muda de roupa, caso haja necessidade.
  • Agasalho
    Ítem da maior importância. Nunca o esqueça. Prefira os de material sintético, com zíper, que são mais leves e ocupam menos espaço; com amarras para os punhos e abdomen de maneira a que evitem que o vento frio entre e circule sobre o corpo. Escolha os impermeáveis, com capuz para proteção contra chuvas. Evitem os de plástico, por não dissiparem o suor, provocando mal estar.
Outros Equipamentos
  • Lanterna
    procure não exagerar no tamanho. As de alumínio, com ajuste de foco são as melhores. É sempre bom contar com o imprevisto de der de retornar à noite. Não esqueça de verificar o estado das pilhas ...
  • Boné
    com pala rígida, para a proteção da cabeça e dos olhos contra os galhos e demais obstáculos na trilha. Para o sol, são muito bons os chapéus de pano leve e aba arredondada em toda a volta, para a proteção dos raios solares que incidem no rosto e na parte traseira do pescoço, principalmente porque, em dias ensolarados, quando se olha muito para baixo, o pescoço costuma ficar irritado.
  • Facão
    Utilíssimo para uso nas trilhas mais fechadas e pouco transitadas, onde há a necessidade de desobstrução do caminho. Um bom tamanho seria de cerca de 30 / 40 cm.
  • Canivete
    Nunca use os do tipo suíços, muito pesados. Procure utilizar o mais simples possível, que contenha pelo menos uma lâmina e um extrator de espinhos, muito útil em certas ocasiões ...
  • Toalhas
    Sempre levo uma pequena, indispensável para quem costuma transpirar muito, além de várias outras utilidades.
  • Papel higiênico
    Apesar de tudo o que foi exposto no ítem Nutrição poderá haver dias em que seu organismo não esteja muito satisfeito ...
  • Máquina fotográfica
    Para registro dos momentos agradáveis que você certamente terá na floresta.
Medicamentos
  • Repelente
    Na mata, os períodos da manhã e final da tarde são os mais propícios à incidência de mosquitos e pernilongos e, para aqueles que têm muita sensibilidade, seu uso é imperativo. Se a caminhada for curta, basta passar antes de sair e deixar o frasco em casa, para não sobrecarregar a mochila.
  • Filtro solar
    Mesmo usando chapéu é necessário que as pessoas de pele muito clara o tenham disponível, pois sempre acabam se queimando no rosto e nos braços.
  • Leve também
    Esparadrapo para prevenção de calos e bolhas, se os pés começarem a incomodar; band-aid para pequenos curativos; mertiolate ; água oxigenada para desinfecção; algodão para a limpeza e, finalmente, algum analgésico, para traumatismos em geral, dores musculares e entorses. Procure acondicionar tudo em pequenas quantidades, para não pesar muito.

Demais trilhas

Travessia Araçatiba – Piábas
   

Barra de Guaratiba – Araçatiba Recreio dos Bandeirantes – Piabas Principais acessos: Estrada da Barra de Guaratiba e Caminho de Piabas.
Caminhada leve, cruzando o Maciço da Pedra Branca na sua ramificação sul, interligando as baixadas de Jacarepaguá e Sepetiba. Parte da Trilha encontra-se em área militar, sendo necessária autorização.

Morro do Cabuçu

   
Campo Grande – Caboclos Principais acessos: Estrada dos Caboclos, Cidade Batista e trilha de acesso ao Morro Cabuçu.
Caminhada média até a cota de 568m, com extensão aproximada de 1 km, de onde se tem um visual de parte da Zona Oeste do Rio.


Travessia Rio da Prata – Ilha de Guaratiba


Campo Grande (Rio da Prata) – Ilha de Guaratiba - Principais acessos: Praça Mário Valadares; Estrada do Cabuçu; Caminho do Morro dos Caboclos; Caminho do Cedro; Caminho do Circuito dos Caboclos; Caminho da Toca Grande; Caminho do Morgado; Ilha de Guaratiba.
Caminhada longa, atravessando o setor oeste do Maciço da Pedra Branca e com ampla visão da Baía de Sepetiba, Restinga da Marambaia, Vargem Grande, Recreio e parte da Barra da Tijuca, com extensão aproximada de 8 km e altura máxima de 600m. Entre os atrativos temos riachos, nascentes, trilhas e mirantes naturais.

Morro dos Caboclos

Campo Grande - Rio da Prata Principais acessos: Praça Mário Valadares; Caminho do Morro dos Caboclos; Caminho do Cedro; Caminho do Circuito dos Caboclos.
Caminhada com amplo visual da baixada de Sepetiba, Restinga da Marambaia e Serra do Mar, com extensão de 5 km e altura de 688m. Entre os atrativos temos riachos, nascentes, trilhas e mirantes naturais.

Travessia Ilha de Guaratiba – Vargem Grande



Ilha de Guaratiba – Vargem Grande (Jacarepaguá) Principais acessos: Estrada do Morgado; Caminho do Morgado, Estrada da Cachoeira; Estrada dos Bandeirantes.
Caminhada leve, cruzando a ramificação sul do Maciço da Pedra Branca, interligando a Baixada de Sepetiba à Baixada de Jacarepaguá, com aproximadamente 8 km de extensão e altura máxima de 600 m. Atrativos Naturais: riachos, estradinhas de terra, trilhas e mirantes.

Pedra do Carvalho


Campo Grande – Rio da Prata Principais acessos: Praça Amaro Valadares; Estrada da Batalha; Caminho do Sacarrão; Caminho do Padre.
Caminhada média com privilegiado panorama de parte do Maciço, com extensão aproximada de 3 km e altura máxima de 600 m. Atrativos naturais: riachos, trilhas e mirantes naturais.
  
Travessia Rio da Prata – Vargem Grande


Campo Grande – Rio da Prata Jacarepaguá – Vargem Grande Principais acessos: Praça Mario Valadares; Estrada da Batalha; Caminho da Furna; Caminho do Monteiro; Caminho do Jequitibá; Serra do Rio da Prata; Caminho do Cafundá; Estrada Macuiba.
Caminhadas por entre vales e serras do Parque Estadual da Pedra Branca sempre com vistas belíssimas. Na descida, uma vista panorâmica da orla do Recreio dos Bandeirantes e Barra da Tijuca. São aproximadamente 8 km de extensão e altura máxima de 600 m. Atrativos naturais: riachos, cachoeiras, trilhas, abrigos de pedra, jequitibás e mirantes naturais.

Vale da Virgem Maria



Campo Grande – Rio da Prata Principais acessos: Praça Mário Valadares; Estrada da Batalha; Caminho do Sacarrão, Caminho da Virgem Maria.
Caminhada leve por entre vales no interior do Maciço da Pedra Branca, com aproximadamente 3,5 km de extensão e altura máxima de 500 m. Atrativos naturais: riachos, trilhas, nascentes d’água e mirantes naturais.


Vale da Caixa D’Água (Rio da Prata)



Campo Grande – Rio da Prata Principais acessos: Praça Mário Valadares; Rua Soldado Antonio da Silveira; Caminho do Vaivém; Caminho da Caixa D’Água.
Caminhada leve por entre vales, seguindo o curso do Rio da Prata do Cabuçu, passando por pequenas quedas d’água e piscinas naturais, com 3,5 km aproximadamente e com altura máxima de 375 m. Atrativos naturais: trilhas, nascentes e mirantes.

Travessia Rio da Prata - Pedra do Ponto (Via Barata)



Campo Grande – Rio da Prata Realengo – Barata Principais acessos: Praça Mario Valadares, Estrada da Batalha, Caminho do Sacarrão, Caminho da Virgem Maria, Caminho do Rosário.
Caminhada pesada e longa, com belíssima vista panorâmica de todo o Município do Rio de Janeiro, com extensão aproximada de 6 km e altura máxima de 938 m. Atrativos naturais: riachos, nascentes d’água, trilhas e mirantes naturais.

Travessia Rio da Prata – Pau da Fome (Via Monte Alegre)



Campo Grande – Rio da Prata Principais acessos: Praça Mário Valadares; Estrada da Batalha; Caminho do Sacarrão; Caminho da Virgem Maria; Caminho do Monte Alegre e Pórtico da Pedra Branca.
Caminhada média e longa, cruzando o Maciço da Pedra Branca por entre vales, com aproximadamente 11km de extensão e altura máxima de 800m. Atrativos naturais: riachos, trilhas e mirantes naturais.


Travessia Rio da Prata – Pau da Fome (Via Casa Amarela)



Campo Grande – Rio da Prata Principais acessos: Caminho da Pedra Branca; Caminho Herve Muniz; Caminho Santa Bárbara; Pórtico da Floresta da Pedra Branca.
Caminhada média e longa, cruzando o Maciço da Pedra Branca por entre vales, com aproximadamente 11 km de extensão e altura máxima de 800 m. Atrativos naturais: riachos, cachoeiras, trilhas, abrigos de pedra e mirantes naturais.

Trilha dos Quilombos

Entrecortada por pedregulhos, a longa vereda localizada além da Estrada do Pacuí, em Vargem Grande, é a porta de entrada de um tesouro histórico pouco conhecido. Moradores da região dizem que ali há alguns resquícios de antigos quilombos.

Pedras de um antigo Quilombo

    Durante a subida, há inúmeros indícios de que a vida ali quase não mudou nos últimos cem anos. Nas casas não há energia elétrica e muitas são feitas de taipa. O burro faz parte da vida dos moradores, principalmente para auxiliar no plantio e na colheita da banana. E é justamente entre os bananais que estão localizadas as ruínas. São construções feitas de maciços blocos de pedras, alguns pesando toneladas e que foram trazidos pelos próprios escravos. Segundo relato das famílias locais, os escravos moraram ali um bom tempo e só desceram quando a Princesa Isabel os libertou.

Trilha da Caverna Carlos Bandeira

Nem só de plantas e animais vive o Parque da Pedra Branca. A Floresta esconde recantos ainda pouco conhecidos pelos moradores da cidade. A Caverna Carlos Bandeira é uma dessas curiosidades. Para a sua exploração. O candidato precisa ter espírito de aventura e muita curiosidade para vencer o medo, o cansaço e a escuridão. É preciso disposição para enfrentar os quatro quilômetros de caminhada. A trilha começa em Jacarepaguá, na Colônia Juliano Moreira.

Caverna Carlos Bandeira
   A temperatura durante o caminho é agradável, já que é quase todo feito às margens do rio Engenho Novo. A maior parte da trilha é plana e tem recantos à beira-rio. O passeio pode durar até 4 horas, por isso deve-se ir preparado.

   A primeira parada fica a 15 minutos, onde existe uma represa com uma bela cachoeira que abastece a população da colônia. Por isso o banho não é permitido. O caminho continua à esquerda e a próxima parada é no Roncador, local ideal para descansar e matar a sede já que a água é limpa. Depois de atravessá-lo, a Gruta ou Abrigo do Grande está bem perto. Lá existe uma piscina natural e uma cachoeira que convidam a um mergulho.

   Mais uma hora de caminhada e chega-se à caverna Carlos Bandeira. Logo na sua entrada é possível ver, com a ajuda de uma lanterna, o caminho a ser percorrido. São 30 metros de extensão apenas, mas assustam quem não está acostumado a andar por lugares escuros. Para entrar é preciso descer pelas pedras. Em seguida, é só atravessar o salão no interior da caverna para chegar ao outro lado onde há uma saída para a floresta.

   À esquerda, existe uma galeria estreita, que dá passagem para outros salões. Outras características desta caverna são os estreitamentos, as fissuras e as fendas. Para atravessá-los, é aconselhável ter a companhia de um espeleólogo, especialista que estuda as cavidades subterrâneas ou um bom guia.

Homenagem a Carlos Bandeira

   De origem sedimentar, a caverna Carlos Bandeira, localizada na bacia hidrográfica do rio Engenho Novo, é formada por granito e gnaisse (rocha cristalina de composição variável), e se originou do deslocamento de blocos, que se abriram em grandes fendas.

   A caverna da Pedra Branca recebeu esse nome em homenagem ao pesquisador e arqueólogo Carlos Bandeira, fundador da Sociedade Brasileira de Espeleologia e autor do primeiro levantamento do gênero no Estado do Rio.

   Carlos Bandeira, que morreu em 1973, criou também o primeiro curso de espeleologia no Rio de Janeiro e foi um dos responsáveis pelos estudos de cavidades naturais dos parques da Tijuca e da Pedra Branca.

Trilha Circuito das Águas

O Núcleo Camorim, por ser um local rico em mananciais, tornou-se famoso por seu potencial hídrico. Lá, também foram realizadas obras de infra-estrutura e recuperação paisagística. Em 06 de Dezembro de 2002 foi inaugurado o novo prédio para abrigar a Subsede do Parque e foram criadas áreas de lazer. O local recebeu sinalização interpretativa do sistema de captação e tratamento de água, recuperação paisagística e sinalização direcional.

   Temas como: a poluição e a escassez das águas; a importância ecológica e econômica de um rio; a história das águas no parque e suas estações de captação podem ser abordados nesta Trilha.

   O Circuito das Águas é um complexo de atrações como cachoeiras, açude e represas. O tempo médio da caminhada é de 20 minutos, numa extensão de 250 km e com baixo nível de dificuldade.

Atrações Trilha Circuito das Águas

Trilha para o Açude do Camorim

  Por ser considerada de nível fácil, a trilha para o Açude do Camorim é freqüentada por muitos idosos e crianças. Depois de caminhar por cerca de quatro quilômetros, o visitante é agraciado com a deslumbrante visão de um açude, localizado a 436 metros de altitude (mais alto que o Pão de Açúcar) utilizado para o abastecimento de água da região. No caminho, há ainda a Cachoeira do Camorim. A exuberância da mata tropical do parque não é a única atração no caminho da Represa do Camorim. Antes de chegar ao lago, o visitante encontra pilhas de pedras cobertas de limo. Além disso, pode visitar as impressionantes ruínas de uma casa.


Represa do Camorim
   Segundo o guia Delto de Oliveira, as pedras seriam sobras da construção da represa, no século XIX. Contam os moradores mais antigos que as inúmeras pilhas foram trazidas por escravos. Já a casa teria sido erguida por um alemão, escondido no Brasil durante a Segunda Guerra Mundial. Os moradores dizem que ele só ficou ali por alguns anos. Na década de 70, ainda era possível ver a casa inteira, com as paredes de pé e os azulejos instalados. Desde então, o mato avançou sobre a casa, as paredes de tijolos de barro foram parcialmente derrubadas, e não há mais azulejos.


Resquícios de Quilombos e ruínas de uma casa

   Para chegar a esta Trilha siga pela Estrada do Camorim, chegando na Capela de São Gonçalo do Amarante, siga na estrada à esquerda da capela em direção ao Parque da Pedra Branca – Núcleo Camorim. Outrora misteriosa e intocada, a floresta que ladeia Vargem Grande, Vargem Pequena e Camorim guarda ainda seus segredos. Uma caminhada de uma hora e meia, morro acima proporciona ao visitante aulas de botânica, zoologia e história. A Represa e o caminho até ela são fantásticos. Há uma infinidade de espécies de ervas e bichos raros.

Parada para descanso
   A caminhada começa na estação de tratamento da Cedae, que trata as águas que abastecem a região. Esta estação foi construída em 1912 e é o marco da engenharia hidráulica no local. A partir daí começa a subida. Ainda no início (400 metros desde o portão), antes de uma curva à direita, existe uma pedra de onde é possível ver toda a Baixada de Jacarepaguá, o autódromo e a Barra da Tijuca, e à direita a Pedra Rosilha, própria para escalada. De volta à trilha, pode-se apreciar a vegetação remanescente de Mata Atlântica. Os jequitibás são muito comuns e existem alguns com mais de 300 anos. Quaresminha, ipê amarelo e roxo, jacarandá, cedro, jacatirão e outros tipos de plantas podem ser encontrados durante o percurso. Já os animais são vistos de manhã cedinho ou a noite. Os mais comuns são paca, tatu, cotia e quati. Além dos ameaçados de extinção, como as jaguatiricas, macaco-prego, preguiça de coleira e outros.


Cachoeira do Camorim
   Depois de quase uma hora de caminhada, o canto dos pássaros se mistura ao som das águas da Cachoeira do Camorim, parada obrigatória para quem quer descansar e se refrescar. O caminho da cachoeira fica à direita numa curva variante, descendo bem íngrime.

   A trilha neste trecho é mais plana e a caminhada é mais fácil. Estão lá, empilhadas várias pedras usadas na construção da barragem em 1932. Anda-se mais um pouco e pronto e o visitante poderá se deslumbrar com a vista do Açude do Camorim, com suas águas tranqüilas habitadas por carpas, traíras e lambaris. Quem quiser contornar o açude, a trilha tem 2 km e é razoavelmente aberta. Agora é curtir o visual e recuperar o fôlego para o retorno.

   Construída durante o século XIX, para abastecer a região pertencente a Jacarepaguá, a represa foi projetada pelo Engenheiro Sampaio Corrêa e está localizada entre as Serras do Quilombo e do Nogueira e o Pico do Sacarrão, num vale cercado de muito verde. Em 1817 houve uma crise de abastecimento na cidade. O governo imperial, então, mandou procurar mananciais em toda a parte. O do Camorim foi uma dos primeiros a serem descobertos. A construção terminou em 1908, conferindo ao lago o tamanho atual: um quarto da Lagoa Rodrigo de Freitas. Atualmente, a Represa abastece nove mil moradores da região e é um dos Patrimônios do Rio.

    Dados Técnicos:

1) Nível: Simples. Percurso com caminhada leve superior;
2) Atrações: Cachoeiras, Mirante, Flora e atrativo turístico natural;
3) Duração: 02 horas e meia de caminhada (ida e volta);
4) Extensão: 3 km (percurso);
5) Altitude Máxima: 436 metros;
6) Característica: Trilha de Ecoturismo.

Trilha Rio Grande

Percurso semicircular, de 800m de extensão, todo sinalizado e planejado para visitantes de todas as idades. Criada após a reforma do Núcleo Pau da Fome a trilha tem baixo nível de dificuldade e dura em média 30 a 40 minutos. As principais atrações são o aqueduto do século XIX, o recanto da Represa da Figueira, o recanto da Represa da Padaria, além de bromélias e árvores típicas da Mata Atlântica como o guapuruvu de 40m (utilizada pelos índios para fazer canoas) e o pau d’alho (cujo cheiro afugenta as cobras).

Trilha de Santa Bárbara (ou Trilha da Casa Amarela) e Pico da Pedra Branca

O nome Santa Bárbara é devido a protetora dos ventos, trovões e tempestades, tradicionalmente conhecida por devoção a santa. A trilha de Santa Bárbara é um caminho que corta o vale do Rio Grande, até o seu divisor de águas (garganta da Casa Amarela a 643 metros), entre o Pico da Pedra Branca (1025 metros) e o Morro de Santa Bárbara (857 metros). É interligado a uma rede de trilhas do Maciço da Pedra Branca, utilizado desde o século XIX por colonizadores de terras, servindo aos engenhos e fazendas da região. A Casa Amarela sede do antigo Sítio de Santa Bárbara, construída pelo agricultor Domingos Letra - ocupação modesta de estilo colonial, datada do início da década de 20, representa hoje um importante atrativo cultural situado no interior do Parque. A Trilha de Santa Bárbara até o final de seu trajeto é a mais percorrida do parque, contudo a Trilha da Pedra Branca tem sido bastante procurada, perdendo apenas em preferência para a trilha do Açude do Camorim.


Trilha da Casa Amarela

   Para chegar até lá é preciso andar cerca de três quilômetros por um caminho que tem dois séculos e que servia para transportar café, lenha entre outras mercadorias. Portanto, preparo físico e disposição são fundamentais para se enfrentar vários trechos íngremes. No passado, o acesso a Santa Bárbara surgiu para substituir o caminho rural da pedra branca, antiga trilha de tropeiros, que ligava Jacarepaguá as fazendas da zona rural de Campo Grande, passando o trajeto pela garganta, hoje denominada Casa Amarela.


Aqueduto

   A caminhada que deve ser marcada com antecedência começa na sede do Parque que fica no final da Estrada do Pau da Fome. Poucos metros depois aparece o aqueduto da Cedae, marco da engenharia hidráulica inglesa no Brasil que levava água para os engenhos e pequenas comunidades da região do Vale do Rio Grande no século XIX. A trilha pela mata fechada começa mesmo a 500 metros da sede da Pedra Branca depois de atravessar o Rio Grande. Durante o caminho é possível ouvir sons de animais como tucanos, maritacas, cigarras, esquilos. Além do ruído das águas dos rios. Outro atrativo é o jequitibá que é facilmente encontrado. A primeira parada oficial da trilha é no Rio da Pedra Branca, 40 minutos depois de iniciada a caminhada. Quem quiser pode beber a água do rio e até encher as garrafas, afinal ainda terão que enfrentar mais uma hora de subida. A segunda parada é numa clareira, a 10 minutos do rio.


Grupo na Casa Amarela
 

O grupo e "Seu Pandi"
   Simples e pequena a Casa Amarela abrigou durante anos o único morador do lugar, o antigo caseiro do Sítio, Valdemar Nunes Pereira, o “seu” Pandi. Seu Pandi chegava a ficar um mês sem ver ninguém, providenciava um cavalo para chegar ao Rio da Prata, que levava três horas. Atualmente seu Pandi já deve ter quase 80 anos e, de acordo com informações, não habita mais o local. Após a chegada a Casa Amarela, retorne pela mesma trilha curtindo a natureza. Caso os aventureiros queiram prosseguir, esta mesma trilha levará ao Pico da Pedra Branca – ponto culminante do Município do Rio, a 1025 metros de altura, porém são mais algumas horas de caminhada e mais 382 metros de subida.

Vista da Pedra Branca
   O Maciço da Pedra Branca começa na Praia dos Búzios, em Barra de Guaratiba, e vai até Sulacap, passando por densas florestas de Vargem Grande, Camorim, Jacarepaguá, e áreas agrícolas do Rio da Prata, em Campo Grande. Vários pontos da cidade são abastecidos por alguns dos 12 mananciais do parque.

Vista do Ponto Culminante do Município - o Pico da Pedra Branca
  
Dados Técnicos:


Esboço Trilha de Santa Bárbara



1) Nível: Simples. Percurso com caminhada leve superior;
2) Grau de Orientação: Médio. Exige atenção e alguma experiência, risco moderado de se perder;
3) Atrações: Rios, Mirante, Flora e atrativo turístico natural;
4) Duração: 04 horas (ida e volta);
5) Extensão: 3,5 km (percurso);
6) Altitude Máxima: 643 metros;
7) Característica: Trilha de Ecoturismo e interpretativa aos visitantes.

As Trilhas do PEPB

De um lado o Parque Nacional da Tijuca; do outro, o Parque Estadual da Pedra Branca; em frente, as praias da Barra e do Recreio. Rica em belezas naturais, a Baixada de Jacarepaguá reúne uma série de opções para os interessados em fazer turismo ecológico. Caminhar ou praticar um esporte radical, como o rapel, por exemplo são formas de estar em contato direto com a Natureza. Com 125 milhões de metros quadrados, o equivalente a 12.500 estádios do Maracanã, o Parque da Pedra Branca faz a alegria dos amantes do verde. As duas principais entradas do Parque, que levam as trilhas são a Sede do Pau da Fome, na Estrada do Pau da Fome, e a Subsede do Camorim, localizada na Estrada do Camorim.

   No Parque Estadual da Pedra Branca natureza e história se misturam. Nas chamadas trilhas interpretativas, como são chamados os caminhos que passam por pontos históricos, que começam em Jacarepaguá, plantas, animais e rios ilustram a história do lugar revelada por guias e guardas da Pedra Branca. Entre as várias trilhas interpretativas a mais usada é o Caminho de Santa Bárbara ou, como é mais conhecida a trilha da Casa Amarela que leva ao antigo sítio de Santa Bárbara, que veremos logo a seguir.

   No Parque existem poucas trilhas permitidas ao uso público, a maior parte das trilhas ou caminhos não possuem nenhum estudo de impactos de visitantes, portanto, procurem respeitar o número máximo de 15 visitantes por capacidade de suporte da trilha. Ao caminhar ou passear na Pedra Branca lembre-se de que trilhas ou caminhos, apesar do tempo de utilização do trajeto são, em geral, condutos de escoamento pluvial. Não contribua, portanto para aumentar um problema que por si só já é grave. Evite a tentação de cortar caminho utilizando atalhos, pois estes trechos são suscetíveis à erosão. Respeite as trilhas não permitidas ao uso, as sinalizadas orientam as condições de uso do percurso permitido.

   A conservação da trilha depende muito do usuário, pois é uma soma de pequenos esforços coletivos e individuais. Procure também não utilizar as trilhas em dias posteriores a chuvas pois favorecem os impactos por pisoteamento. Pratique excursionismo de mínimo impacto a natureza. Não leve animais domésticos ao percorrer a trilha. Leve sempre um saco plástico para trazer todo o lixo produzido, alguns levam cerca de anos para se desfazer. Evite fazer trilhas sozinho. Cultive o hábito de avisar a alguém antes de organizar caminhadas em trilhas. Quando estiver com crianças tome algumas precauções adicionais. Evite o afastamento da trilha sem antes comunicar ao guia responsável. Informe sempre ao guia as condições de saúde física e mental. Procure somente um guia especializado. Faça excursionismo consciente e seguro!