O Parque Estadual da Pedra Branca é considerado a maior reserva florestal em área urbana no mundo. Compreende um total de 12.500 hectares, onde se destaca o Pico da Pedra Branca, ponto culminante da Cidade com 1024 metros de altitude. SITE NÃO OFICIAL.
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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Apreendido Material de Caça na Pedra Branca

Fonte: INEA
Site: http://www.inea.rj.gov.br/noticias/noticia_dinamica1.asp?id_noticia=1663

Uma grande quantidade de material para caça – incluindo espingardas de grosso calibre e munição – foi apreendida nesta quarta-feira(08/02) em operação de fiscalização promovida pela Cicca (Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais; da Secretaria de Estado do Ambiente) e pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), no Parque Estadual da Pedra Branca, na Zona Oeste do Rio. A blitz contou com a participação do secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc.



Dentre os objetos apreendidos e levados para a sede do parque, em Jacarepaguá, havia dois trabucos, uma espécie de armadilha preparada para atirar a curta distância, que é acionada com a passagem de animais silvestres – uma ameaça à vida de quem percorre as trilhas dessa unidade de conservação. Ninguém foi preso.

Com o apoio do Batalhão de Polícia Florestal, da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), a operação de hoje fez parte de uma série de ações que visam a reprimir a atuação de caçadores ilegais nos parques estaduais para o contrabando de aves silvestres.

A operação foi organizada na madrugada desta 4ª feira, em plena lua cheia. A claridade do luar favorece a ação dos caçadores, que buscam animais como pacas e tatus para o consumo, e de pássaros para abastecer o comércio ilegal de aves silvestres.

Após percorrer quase três horas pelas matas do parque, a equipe chegou a um rancho, onde os caçadores passaram a noite. No local, a equipe de fiscais encontrou quatro espingardas, dois trabucos e uma “boca de lobo” – um tipo de armadilha utilizada para capturar animais como paca e tatu –, além de farta munição. O material foi levado para a sede do Parque Estadual da Pedra Branca, em Jacarepaguá, e, em seguida, para a DPMA.

O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, destacou que as bem sucedidas ações de combate à caça ilegal e à comercialização de aves silvestres são resultados de um trabalho de inteligência que a Secretaria de Estado do Ambiente vem realizando, em parceria com a Polícia Federal e o Ibama, para reprimir crimes ambientais. Em paralelo às operações de fiscalização nos parques estaduais, a SEA vem deflagrando blitze nas feiras onde são comercializadas aves silvestres.

“Algumas espécies que estão sendo capturadas no parque da Pedra Branca, como o tatu e o bicho-preguiça estão entre as espécies mais ameaçadas de extinção no estado. Além das ações para combater a caça ilegal, estamos deflagrando ações fiscalizatórias nas feiras para reprimir o comércio de aves silvestres, o que configura crime ambiental. Atualmente, os pássaros silvestres mais valiosos não estão mais sendo vendidos nas feiras de Duque de Caxias e de São Gonçalo, por exemplo, pois os traficantes não querem mais ter prejuízos, já que, nessas ações, muitos pássaros silvestres são apreendidos. Essas aves são levadas para fazendas, onde ficam escondidas, para não terem prejuízos. O traficante paga R$ 50,00 por uma determinada ave silvestre e vende por 5.000 euros para o mercado alemão. Então, é um trabalho conjunto com a Polícia Federal, o Batalhão Florestal e o Ibama, e que precisa ser persistente e permanente”, afirmou o secretário.

Minc destacou que as ações de fiscalização serão intensificadas no estado e que, para isso, quer fortalecer o quadro de pessoal. “Vamos contratar, por meio de concurso público, 220 guarda-parques, e fechamos com o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, a Upam (Unidade de Polícia Ambiental). Através dessa iniciativa, teremos policiais militares alocados nas nossas unidades de conservação. Dessa forma, poderemos intensificar as nossas ações de fiscalização”, completou.

Para o coordenador da Cicca, José Maurício Padrone, o que mais preocupa na ação clandestina desses caçadores é o uso do trabuco, espécie de armadilha para animais que morrem por tiro ao acionar seu mecanismo:

“Os caçadores espalham esse tipo de arma pela floresta. Depois, voltam para ver se algum animal foi atingido. Mas, para o ser humano, tem efeito semelhante ao de uma mina terrestre, podendo causar graves ferimentos ou até mesmo a morte. Apesar das dificuldades de acesso ao local, nossas equipes não medem esforços para atender as demandas, e sempre contamos com denúncias da comunidade”, disse, acrescentando que o rancho descoberto, e que serve como ponto de apoio para os caçadores, foi destruído pela equipe.

O Parque Estadual da Pedra Branca é considerado a maior reserva florestal em área urbana do mundo. Compreende uma área total de 12.500 hectares de extensão, que serve de abrigo a uma rica fauna. A unidade de conservação onde os caçadores agiam foi criada por lei estadual em 1974, para preservar o patrimônio natural no centro do Município do Rio.




Um comentário:

  1. Minha namorada mora no condomínio Fazenda Passaredo e inusitadamente, nos últimos 30 dias avistei por lá uma Jararacuçu do papo amarelo e um Tamanduá-mirim, ambos ameaçados de extinção. Talvez a ação de caçadores esteja fazendo com que os animais se arrisquem fora da mata para conseguir seu alimento.

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